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Mulheres empresárias buscam flexibilidade no trabalho

Dados recentes trazem o perfil do empreendedorismo feminino em 2025; para a empresária Cristina Boner, empreender permite alinhar valores pessoais,...

28/08/2025 às 14h04
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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Imagem de pch.vector no Freepik
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De acordo com um levantamento do Serasa Experian, divulgado pela CNN Brasil, o número de mulheres que escolhem empreender em busca de maior flexibilidade no trabalho aumentou em 2025. Segundo a pesquisa, 46% das brasileiras apontam esse motivo como principal incentivo para abrir o próprio negócio. Na sequência, aparecem a busca por independência financeira (40%) e a necessidade de garantir uma renda extra (24%).

Para a empresária do setor de Tecnologia da Informação (TI) Cristina Boner, esse crescimento é reflexo direto das transformações que o mercado de trabalho tem apresentado nos últimos anos. Segundo a especialista, a flexibilidade deixou de ser apenas um desejo e tornou-se uma necessidade para muitas mulheres, seja como forma de conciliar carreira e vida pessoal, ou como estratégia para assumir maior controle sobre o próprio tempo.

“O empreendedorismo, nesse sentido, tem se mostrado um caminho viável e inspirador, permitindo que mais mulheres criem negócios alinhados aos seus valores e estilo de vida”, afirma.

A empresária, autora do livro Jungle Startup: o sucesso do novo empreendedor edição 2025, também aponta alguns fatores-chave que impulsionam a busca por autonomia profissional, como a aceleração da digitalização, que abriu novas oportunidades de negócios online, e a maior conscientização das mulheres em relação ao valor do próprio trabalho.

“Muitas passaram a enxergar que podem construir algo sólido sem depender de estruturas corporativas engessadas. Outro fator importante foi a ampliação do acesso a redes de apoio e capacitação, que deram mais segurança para dar o primeiro passo”, acrescenta.

Desafios do empreendedorismo feminino

O estudo “Mulheres Empreendedoras 2025”, do Sebrae, revela que entre as principais dificuldades apontadas pelas entrevistadas estão a falta de conhecimento em gestão (62%) e os desafios para conciliar carreira e vida pessoal (46%).

Cristina ressalta que, para quem está começando a empreender, as áreas que mais exigem atenção são gestão financeira, planejamento estratégico e marketing. “Sem uma base sólida nessas frentes, o negócio corre o risco de perder a direção. A gestão financeira, em especial, é crucial para entender fluxo de caixa e precificação; já o marketing e o planejamento estratégico ajudam a posicionar a marca e criar diferenciais competitivos”, detalha.

Além disso, a empresária destaca que o primeiro passo é investir em capacitação, seja por meio de cursos online, mentorias ou programas de aceleração voltados para mulheres.

“Também recomendo participar de comunidades empreendedoras, que funcionam como escolas práticas. Contar com ferramentas digitais de gestão desde o início ajuda a organizar processos e tomar decisões mais assertivas”, explica.

Ainda segundo o levantamento do Sebrae, 82% das mulheres empreendedoras têm no próprio negócio sua principal fonte de renda. Para equilibrar risco e estabilidade financeira, a especialista enfatiza a importância da combinação entre planejamento e disciplina.

“É essencial separar finanças pessoais das empresariais, criar uma reserva de emergência e projetar cenários para entender como agir em momentos de instabilidade. Também acredito na diversificação de receitas, explorando diferentes produtos, serviços ou canais de venda para reduzir a dependência de uma única fonte”, analisa.

Para transformar um empreendimento em um negócio financeiramente sustentável a longo prazo, Cristina reforça que é necessário adotar um crescimento planejado. Segundo a profissional, acompanhar indicadores-chave, reinvestir parte dos lucros e manter o foco constante na experiência do cliente são práticas essenciais, especialmente para quem está iniciando.

“É preciso inovar de forma contínua e adaptar-se às mudanças do mercado sem deixar de lado a essência do negócio”, destaca.

Caminhos para fortalecer as mulheres empresárias

De acordo com Cristina, três frentes são fundamentais para fortalecer o empreendedorismo feminino atualmente: programas de capacitação em gestão e tecnologia, ampliação do acesso a crédito com condições justas e a criação de redes de conexão entre empreendedoras e investidores.

Ela também reforça a importância de políticas públicas que incentivem a formalização e reduzam a burocracia, de forma a permitir que mais mulheres transformem ideias em negócios sólidos.

“O empreendedorismo feminino é, antes de tudo, um movimento de transformação social. Cada mulher que empreende abre portas não apenas para si, mas para outras que se inspiram e se fortalecem ao ver exemplos reais de sucesso”, conclui.

Para mais informações, sobre o livro basta acessar: Jungle Startup: o sucesso do novo empreendedor, Cristina Boner

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