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Uberlândia ganha primeiro parque dentro de floresta preservada

Desde 17 de agosto, está funcionando em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, o primeiro parque da cidade criado dentro de uma floresta de mata atlânti...

22/09/2025 às 18h11
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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Basílios Fotografia
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O primeiro parque de Uberlândia, Minas Gerais, criado totalmente dentro de uma floresta preservada recebeu 37 mil visitas em seu primeiro mês de funcionamento. Inaugurado em 17 de agosto, o Parque do Granja Marileusa, na zona leste da cidade, recebeu cerca de 5 mil pessoas no primeiro dia. Seus principais atrativos são a própria floresta, um resquício de mata atlântica, e os elementos urbanos instalados em conexão com a natureza.

Com 261 mil m² de área total - dentro de uma área privada que foi cedida para uso público -, o parque oferece diversas opções de lazer e convivência, incluindo área para piquenique, redário, playground, espaço cultural, espaço zen, casa na árvore e um espaço sensorial destinado a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Além disso, conta com trilhas para caminhada e ciclismo, com 900 metros e 3 quilômetros de extensão, respectivamente. A infraestrutura também inclui iluminação, bebedouros, banheiros, quiosques de alimentação e internet gratuita.

O projeto foi elaborado pelo botânico e paisagista Ricardo Cardim, cuja experiência é voltada para a implantação de parques e praças em todo o Brasil. Seus projetos focalizam a integração entre a natureza e os seres humanos e a valorização de espécies nativas de vegetação. Cardim é criador do conceito de “floresta de bolso”, que consiste em criar pequenas áreas verdes com espécies do bioma local em pontos diversos das cidades.    

No Parque do Granja Marileusa, o projeto de Cardim tem como base a preservação da natureza, tanto que a introdução dos elementos urbanos foi feita em harmonia com a floresta. “A ideia foi criar um lugar de lazer e reconexão com a natureza com uma qualidade rara nas cidades brasileiras, um refúgio urbano”, afirmou o paisagista. Ele destacou que a vegetação de Uberlândia tem grande biodiversidade, com um ecossistema agradável para passeios, possibilitando o contato com a natureza dentro da cidade.

A arquiteta e urbanista Jéssika Parreira, responsável pela execução do projeto, reforçou os conceitos desenvolvidos por Ricardo Cardim. “Buscamos criar um parque que fosse um ambiente vivo, capaz de acolher as pessoas e manter um diálogo constante com a natureza. Desde a escolha dos materiais, priorizamos aqueles que ‘conversam’ com a paisagem já existente, como madeira e pedra”, explicou.

O secretário municipal de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, Dilson Dalpiaz Dias, ressaltou que, além dos aspectos ambientais, iniciativas como a criação do Parque do Granja Marileusa geram impacto positivo até mesmo à economia da cidade. “Um dos maiores atributos de Uberlândia é o bem viver, e o que mais atrai investimento no mundo é a possibilidade de reter o funcionário em função da qualidade de vida da família dele”.   

 

Em uma visita acompanhado pela família, o professor Fabrício de Moura disse ter achado a proposta do parque interessante. “É muito importante esta preservação, principalmente para as crianças que, muitas vezes, não têm oportunidade de conhecer uma área como esta”, disse. A filha Isabelly Borrezzi Bassi, de 7 anos, ajudava o pai nas respostas, demonstrando ter gostado da novidade.

A aprovação do público ao parque, indicada pelo número de visitas, remonta à visão de futuro do comendador Alexandrino Garcia, um empresário português que chegou a Uberlândia em 1919. Ele adquiriu há mais de 70 anos as terras onde estão o bairro Granja Marileusa e, agora, o parque, e preservou a mata nativa.

Segundo o empresário Luiz Alberto Garcia, filho de Alexandrino Garcia, o pai dele sempre defendeu que as futuras gerações pudessem se conectar ao passado por meio da natureza preservada. “Agora, temos aqui estas árvores centenárias. Ele tinha uma visão não só de negócios, mas de urbanização da cidade em longo prazo”, afirmou.

Luiz Alexandre Garcia, presidente do Conselho de Administração do Grupo Algar - holding que controla a Granja Marileusa Desenvolvedora, proprietária da área do parque -, destacou que o espaço atende ao principal propósito do bairro, de ser um lugar para morar, viver e trabalhar. Neste contexto, viver ganha o significado de ter um local para lazer, descanso, contemplação da natureza e realização de atividades físicas.  

O diretor-presidente da desenvolvedora, Frederico Dias Marques, destacou que o parque foi aberto no mês em que o bairro planejado completou 12 anos de criação como um presente para a população. A empresa será responsável pela manutenção, segurança e administração da área até o final de 2025. Posteriormente, o parque será adotado pela Associação de Moradores e Empresas (AME) do Granja Marileusa.

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