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OpenAI muda o rumo e acelera a corrida pela IAG

A OpenAI altera sua estrutura societária, adota o modelo de corporação de benefício público e amplia a parceria estratégica com a Microsoft na corr...

13/11/2025 às 15h36
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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Frank Bittencourt
Frank Bittencourt

Em 28 de outubro de 2025, a OpenAI concluiu uma grande reestruturação na sua história. A empresa, avaliada em US$ 500 bilhões, consolidou-se como a startup privada de maior valor histórico, superando a SpaceX, ao transformar-se em uma Corporações de Benefício Público (PBC). O movimento inaugura uma fase de expansão sustentada por aportes bilionários e pela corrida global rumo à Inteligência Artificial Geral (IAG).

A reestruturação vai além de aspectos societários e tem como objetivo estabelecer um modelo que concilie sustentabilidade financeira e responsabilidade institucional. A OpenAI Foundation, entidade sem fins lucrativos que preserva o controle do grupo, manteve 26% de participação e poder integral sobre o conselho. A Microsoft, por sua vez, ampliou sua fatia para 27%, consolidando uma relação estratégica que inclui um contrato de US$ 250 bilhões em serviços Azure.

"Essa transição marca o fim de uma era de incertezas e o início de uma corrida por capital e infraestrutura sem precedentes. A prioridade agora é velocidade – não apenas inovação", avalia Dimitri de Melo, CMDO do Grupo Partage, mestre e cientista de dados pela USP e autor do livro Homo Algorithmus.

Da filantropia à governança corporativa

Fundada em 2015 como uma organização de pesquisa sem fins lucrativos, a OpenAI nasceu com a missão de "garantir que a IAG beneficie toda a humanidade". O sucesso do ChatGPT, lançado em 2022, impulsionou uma expansão que mexeu no modelo original.

O novo formato preserva o controle social da fundação, mas introduz obrigações empresariais e metas de impacto: a destinação de US$ 25 bilhões a projetos de saúde, ciência e resiliência da IA. "É uma engenharia societária sofisticada, que busca conciliar idealismo e escalabilidade. Mas é também um teste de resistência: o de provar que é possível crescer sem perder a alma", observa Dimitri.

O custo da corrida pela inteligência

Apesar da receita anualizada de US$ 12 bilhões, a OpenAI projeta perdas de US$ 27 bilhões em 2025 e investimentos superiores a US$ 115 bilhões até 2029. A empresa já discute um IPO trilionário entre 2026 e 2027, o que poderá redefinir as fronteiras de valor na indústria de tecnologia.

Para Melo, a estratégia lembra a de uma corrida espacial corporativa. "Cada dólar investido é combustível para chegar à IAG antes dos concorrentes. A OpenAI quer ser a SpaceX da inteligência, e o foguete já está em ascensão".

A nova geração de produtos: da conversa à autonomia

Os recentes lançamentos da OpenAI apontam para um novo paradigma. O ChatGPT Atlas, navegador inteligente que integra assistência cognitiva, e o Operator, ferramenta de automação web, sinalizam o movimento para além dos chatbots. A companhia aposta em agentes autônomos, softwares capazes de executar tarefas de forma independente e aprender com o contexto.

A aquisição de startups como io (hardware de IA) e Statsig (testes de produto) "reforça a intenção de construir um ecossistema completo de inteligência aplicada à vida cotidiana e aos negócios. Estamos diante da formação de um novo sistema operacional global, no qual a IA deixa de ser ferramenta e se torna ecossistema. A OpenAI está escrevendo o código do futuro", explica Dimitri.

O dilema entre o lucro e o legado

Melo avalia que o desafio vai além das intenções: "A aprovação regulatória foi apenas o primeiro passo. O verdadeiro teste é moral. A pergunta é se a IAG servirá à humanidade ou ao mercado".

"A trajetória da OpenAI, de organização filantrópica a gigante avaliada em meio trilhão de dólares, traduz o dilema central da atualidade: é possível perseguir o progresso sem perder o controle de sua direção? A inteligência artificial é o foguete mais poderoso que a humanidade já construiu – mas o que definirá o futuro será quem está no comando da cabine", resume Dimitri de Melo.

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