
O Relatório da Central de Autoregulação Financeira (CAF), vinculada ao sistema de autorregulação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), aponta que as tentativas de fraudes financeiras cresceram mais de 408% desde 2018 no Brasil. O estudo também indica que quatro brasileiros sofrem uma tentativa de golpe a cada minuto. Esses indicadores se intensificam durante o fim do ano, período em que o fluxo de consumidores e empresas aumenta nas ruas, em centros comerciais e em eventos presenciais. Essa elevação na circulação está associada a uma maior probabilidade de ocorrência de golpes envolvendo troca de cartão e fraudes com maquininhas.
Segundo a advogada Brunna Simon Vecchi, advogada especialista em fraudes bancárias e Direito Digital, "com a elevação da circulação no fim do ano, cresce a probabilidade de ocorrência de golpes presenciais, especialmente envolvendo troca de cartão e fraudes com maquininhas".
Como funciona o golpe da troca de cartão?
Segundo a criadora da marca Dra. Caí no golpe, esse tipo de fraude ocorre quando há substituição do cartão original por outro semelhante, o que dificulta a percepção imediata da vítima. A especialista explica que "esse tipo de ocorrência costuma ser relatado em locais de maior circulação, como feiras, eventos e pontos de venda de rua, justamente porque há grande volume de pagamentos presenciais".
A advogada acrescenta ainda que "em grande parte dos relatos, o titular só identifica a fraude após notar transações realizadas com o cartão original".
E o golpe da maquininha?
Outra modalidade que ganha força envolve a manipulação de equipamentos de pagamento. Segundo a especialista em fraudes bancárias, "há situações em que o equipamento pode ser manipulado para induzir o titular a repetir a operação ou inserir a senha mais de uma vez, o que aumenta o risco de perda financeira". Essa tática permite que os dados do cartão sejam capturados ou que o valor da transação seja alterado sem que o consumidor perceba.
Medidas de proteção
A prevenção é a principal ferramenta contra os golpistas. Adotar práticas simples pode reduzir significativamente os riscos. A preferência por pagamentos por aproximação (NFC), por exemplo, é considerada uma alternativa mais segura, pois não exige a entrega do cartão ao vendedor. Manter o cartão sempre sob sua posse durante toda a operação e verificar o valor exibido no visor da maquininha antes de digitar a senha são passos cruciais.
É recomendado também desconfiar de equipamentos que apresentem mensagens de erro sucessivas. "A falta de atenção e a pressa são fatores que frequentemente contribuem para a efetivação dos golpes", reforça a especialista em fraudes bancárias. Adotar uma identificação discreta no cartão, como um adesivo pequeno, também pode ajudar a perceber uma eventual troca.
O que fazer caso seja vítima de golpe?
Caso a fraude ocorra, a responsabilidade das instituições financeiras na prevenção de transações atípicas é prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC). Segundo a advogada Brunna Simon Vecchi, as instituições financeiras contam com mecanismos destinados à identificação de operações que fogem ao padrão de consumo do cliente, o que inclui movimentações atípicas ou incompatíveis com o comportamento habitual. A especialista explica que, quando esses sistemas não impedem transações suspeitas, "abre-se espaço para avaliar a atuação da instituição financeira, sobretudo quando há indícios de falha no monitoramento de segurança".
A advogada observa que, em relatos analisados, consumidores costumam comunicar ao banco o bloqueio do cartão e a contestação das operações não reconhecidas, etapa que contribui para registrar formalmente o ocorrido.
Segundo ela, "situações que envolvem transações incompatíveis com o perfil do consumidor podem demandar análise técnica para verificar a eventual responsabilidade da instituição financeira, sendo essencial um advogado especialista em fraude bancária".
A especialista acrescenta que "a atenção aos procedimentos de pagamento permanece como um elemento relevante para reduzir riscos, especialmente em períodos de maior circulação".
A advogada Brunna Simon Vecchi, especialista em fraudes bancárias, observa que a combinação entre maior volume de transações e práticas de engenharia social mantém o assunto em destaque entre profissionais do setor financeiro. O monitoramento dessas ocorrências, segundo ela, contribui para a compreensão dos padrões de risco e das respostas adotadas pelas instituições em períodos de aumento de consumo.
Com a chegada das datas festivas, o tema volta à agenda de especialistas e entidades reguladoras, que acompanham a evolução dos métodos empregados em golpes presenciais e seus impactos na experiência dos consumidores.
Tecnologia Estratégias digitais ganham força nas operações de 2026
Tecnologia História de engenheiro mostra novos rumos da engenharia
Tecnologia Brasil tem desafios na logística reversa de lixo eletrônico
Tecnologia Alliance lança linha de lavadoras que maximiza o ROI, na Lavtech 2025
Tecnologia Novo Futura 2 da 361 Sport aposta em tecnologia para corrida
Tecnologia Selbetti anuncia parceria com a Precisio
Tecnologia Metade dos brasileiros não sabe investir e não investe
Tecnologia João Brasio é reconhecido com medalha do Mérito Legislativo Tecnologia A Native Camp estende a campanha de conversação em inglês gratuita no Brasil até 31 de dezembro A Native Camp está oferecendo a novos usuários no Brasil aulas individuais gratuitas e ilimitadas até 31 de dezembro Mín. 20° Máx. 28°