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Microcertificação é a chave para a empregabilidade

Na Mesa-Redonda organizada pela Pearson diferentes perspectivas sobre como o ensino prático e a tecnologia podem preparar estudantes e profissionai...

22/08/2025 às 15h08
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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Crédito: Divulgação/Pearson
Crédito: Divulgação/Pearson

No escritório da Pearson High Educacion, em São Paulo, especialistas da educação e do mercado se reuniram para a mesa-redonda “O poder da microcertificação na aprendizagem como chave para o mercado de trabalho”. O debate trouxe diferentes perspectivas sobre como o ensino prático, as microcertificações e a tecnologia podem preparar estudantes e profissionais para um mercado em constante transformação. O encontro marcou também o lançamento do TRACK, solução que transforma a Biblioteca Virtual da Pearson em uma plataforma dinâmica, combinando inteligência artificial, trilhas personalizadas e certificações reconhecidas pelo mercado.

Mediando a conversa, Alexandre Gracioso, especialista em educação e competências socioemocionais, destacou que o microlearning é a busca pela essência do conhecimento. “O microlearning é a sistematização da essência. Ele permite chegar ao núcleo de forma eficaz, com apoio da neurociência e adaptado à maneira como as novas gerações aprendem e consomem conteúdo”, afirmou.

O que as empresas esperam da aprendizagem

Marcelo Ramos, empreendedor e fundador de negócios de impacto global, reforçou que a educação precisa dialogar com as novas gerações. “A nova geração quer trabalhar por propósito e não se engaja mais com formatos longos e engessados. É preciso falar a linguagem dela — e muitas vezes isso significa WhatsApp first, TikTok first, Instagram first. Não é o que queremos vender, é o que as pessoas querem comprar”, disse.

Para ele, microcertificações e microlearning não representam conteúdo superficial, mas sim soluções cirúrgicas que preenchem lacunas específicas no momento certo. “O que eu preciso não é necessariamente o que o meu colega precisa. O microlearning respeita isso e oferece personalização”, ressaltou.

Richard Uchoa, CEO da Revvo, chamou atenção para o descompasso entre o ensino acadêmico e as demandas do mercado. “As universidades vendem certificações. As empresas compram habilidades. É como aprender tudo sobre uma caneta e não saber escrever. O microlearning, bem aplicado, resolve essa distância com formações curtas e práticas”, observou.

Para a CEO da Pearson no Brasil, Cinthia Nespoli, integrar o aprendizado prático à formação acadêmica é essencial para que os estudantes ingressem no mercado prontos para agir. Ela relembrou sua própria experiência ao iniciar a carreira, quando percebeu que possuía a teoria, mas não sabia aplicá-la no dia a dia. “Trazer aprendizado prático para o ensino acadêmico é um passo gigante. O microlearning e as microcertificações ajudam as pessoas a se prepararem para um mercado em constante mudança”, afirmou.

Cobrir o skills gap com ensino prático e tecnologia

Para Cinthia, o momento é de inflexão. “Existe um foco muito grande em apoiar pessoas em transição de carreira ou em formação, para cobrir o skills gap e acompanhar a mudança tecnológica que está chegando. Nosso papel é preparar não só do ponto de vista técnico, mas também no desenvolvimento de soft skills, ajudando empresas a reconhecerem essas competências de forma legítima”, explicou.

Ela apresentou a pesquisa Lost in Transition, lançada pela Pearson no Fórum Econômico Mundial, que aponta perdas econômicas bilionárias devido à falta de capacitação em momentos de transição profissional. “Somente nos Estados Unidos, esses períodos de mudança representam mais de um trilhão de dólares em perdas econômicas. E até 2030, 65% das funções exigirão skills diferentes dos atuais”, destacou.

A CEO também ressaltou que a Pearson atua com princípios de responsible AI, priorizando o uso ético da inteligência artificial para potencializar a produtividade, apoiar professores e empresas e ampliar as oportunidades de recolocação profissional.

TRACK e a Biblioteca Virtual

O evento foi encerrado com a apresentação do TRACK, solução que passa a fazer parte da Biblioteca Virtual. Integrando inteligência artificial, trilhas personalizadas e certificações modulares, a plataforma passa a oferecer uma aprendizagem mais dinâmica e alinhada às demandas reais do mercado de trabalho.

Segundo Heloisa Avilez, diretora de Higher Education da Pearson na América Latina, a proposta é ampliar a relevância e o alcance da aprendizagem no ensino superior. “Estamos transformando a Biblioteca Virtual em um ecossistema completo de desenvolvimento, conectando teoria, prática e certificação de forma fluida e relevante”, afirmou.

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