
Após um novo crime, o juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a internação definitiva de Lumar Costa da Silva, de 35 anos, que matou a tia dele, Maria Zélia da Silva, de 55 anos, retirou o coração dela e entregou o órgão à filha da vítima em julho de 2019, em Sorriso. O novo mandado de internação, expedido no dia 11 de novembro, se refere ao crime de violência doméstica cometido contra a ex, com quem manteve um relacionamento de 6 anos e teve uma filha, hoje com 12 anos.
A prisão foi cumprida na última sexta-feira (14), em Campinas (SP), e ele deverá ser recambiado para Mato Grosso para cumprir a medida de segurança no Centro Integrado de Assistência Psicossocial (CIAPS) Adauto Botelho, em Cuiabá.
Após matar e arrancar o coração da tia, Lumar chegou a ser preso, mas, em 2022, foi absolvido e teve a internação determinada devido a laudos psiquiátricos que comprovaram a bipolaridade dele. Em julho deste ano, Geraldo Fernandes Fidelis determinou a desinternação do assassino, com base em novo laudo psiquiátrico do Adauto Botelho, que considerou que ele deveria receber alta e voltar ao convívio social.
Em liberdade, Lumar se mudou para Campinas e, assim que chegou à cidade paulista, passou a procurar pela ex. Ele entrou em contato com os pais dela e chegou a ir até a casa deles para saber o paradeiro da mulher.
Em uma das tentativas, o assassino ligou na escola da filha para obter informações sobre ela. No dia 11 de setembro, conseguiu um telefone de contato da ex e ligou para ela.
Segundo a vítima, Lumar disse que, quando fosse solto, a mataria, e a perseguição fez com que ela tomasse medidas drásticas para se proteger. A mulher tirou a filha da escola, pediu demissão do emprego e se mudou para outra cidade. No dia 13 de novembro, a Justiça de São Paulo concedeu medidas protetivas em favor da vítima, mas negou um pedido de prisão preventiva contra o criminoso.
Ao contrário da Justiça de São Paulo, Geraldo Fidelis considerou o novo crime e uma possível alteração no estado psíquico do acusado e revogou a desinternação de Lumar, determinando o recolhimento dele. Antes de ser internado, o criminoso deverá passar por uma reavaliação clínica.
Nessa segunda-feira (17), a defesa do assassino impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), alegando que a decisão do juiz Geraldo Fidelis é ilegal e abusiva, e teria sido tomada sem fundamento idôneo, proporcional ou compatível com as garantias constitucionalmente previstas.
A defesa pediu a suspensão da internação e a liberdade de Lumar.
O pedido foi distribuído para a Segunda Câmara Criminal do TJ e aguarda decisão.
Lumar veio de São Paulo para Sorriso em busca de oportunidades e se instalou na casa da tia, Maria Zélia da Silva, que era evangélica e o abrigou até que ele se estabilizasse.
Logo nos primeiros dias, o comportamento do sobrinho, como músicas altas, desentendimentos com vizinhos e consumo de drogas, causou desconforto à vítima, que chegou a pedir que ele procurasse outro lugar para morar.
Lumar chegou a sair da casa da tia e, no dia 2 de julho de 2019, voltou ao local já com o intuito de matá-la. Ele a encontrou sentada na área e chamou para conversar dentro da residência. Assim que ela entrou, foi surpreendida com diversos golpes de faca.
Com a vítima no chão, Lumar dilacerou o peito dela e retirou o coração. Posteriormente, a perícia revelou que Maria Zélia ainda estava viva quando teve o órgão arrancado.
O assassino roubou R$ 800 em dinheiro e saiu com o coração em uma sacola plástica.
Em seguida, foi até a casa da filha de Maria e colocou o coração sobre um tanque, contando o que havia feito. Não satisfeito, roubou o carro da mulher e tentou fugir com a filha dela, uma menina de apenas 7 anos, por quem dizia estar apaixonado.
Ele só desistiu do sequestro após a intervenção do tio da mulher.
Depois de sair do local, Lumar jogou o carro roubado em uma estação de energia e tentou colocar fogo no veículo, momento em que foi preso.
Antes de ir morar na casa da tia, em Sorriso, Lumar havia tentado matar a própria mãe, em São Paulo, com um facão. O fato teria motivado sua mudança para Mato Grosso.
Já preso, tentou enforcar e matar outro detento que dividia cela com ele na Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, o presídio Ferrugem, em Sinop.
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