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Dados apontam pico de Chikungunya foi em maio

Maio foi o mês com a maior incidência de casos de Chikungunya em Sorriso. Foram 1.311 casos confirmados somente no mês de maio, muitos deles, confi...

10/09/2025 às 14h41
Por: Redação Fonte: Prefeitura de Sorriso - MT
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Foto: Reprodução/Prefeitura de Sorriso - MT
Foto: Reprodução/Prefeitura de Sorriso - MT

Maio foi o mês com a maior incidência de casos de Chikungunya em Sorriso. Foram 1.311 casos confirmados somente no mês de maio, muitos deles, confirmados somente nos últimos dias pelo Laboratório Central (Lacen). No total, desde janeiro, são 3.001 casos de Chikungunya confirmados. Os dados, atualizados, foram divulgados nesta manhã, 10, pela Secretaria de Saúde, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) e constam no Sistema Sinan On-line.

A coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental, Claudete Damasceno, frisa que o pico da arbovirose foi justamente nos meses de abril e maio.  Em janeiro foram registradas 60 confirmações para chikungunya; 88 em fevereiro; 232 em março; 668 em abril; 1.311 em maio; 474 em junho; 146 em julho e 22 em agosto.

Já em relação à dengue, o boletim atualizado traz 187 confirmações. Foram 65 casos em janeiro confirmações de dengue, uma com sinais de alarme; em fevereiro foram registrados 11 casos; em março foram 13 registros; em abril 19; em maio 58; em junho 13 e 9 em julho, totalizando187 casosaté o momento. Nenhum caso de dengue foi registrado em agosto. Para zika foram investigadas e descartadas 22 situações.

Hoje os bairros com maior número de registrosde chikungunya estão o Vila Bela com 253; São José com 157; Nova Aliança com 144 registros e Novos Campos com 124 situações positivas. Antigo distrito de Boa Esperança e atual município vizinho de Boa Esperança contabilizou 364 registros – vale lembrar que no Ministério da Saúde, Boa Esperança ainda consta veiculado à Sorriso. Já em relação à dengue são 13 casos no Rota e 12 no Jardim Amazônia. 

Fase aguda e crônica 

“O número de casos de chikungunya é alto e precisamos lembrar que além da fase aguda a enfermidade apresenta uma fase crônica em que paciente continua sentindo muita dor”, frisa o médico e secretário de Saúde, Vanio Jordani. “Há pessoas que continuam sentindo dores por mais de seis meses”, destaca o profissional.

E a melhor forma de eliminar e evitar a doença é evitar que o mosquito nasça. “Como todo mundo já sabe a água parada – suja ou limpa; é o local ideal para disseminação de criadouros do Aedes aegypti, o tal mosquito transmissor da dengue, zika vírus e Chikungunya”, pontua o gestor. Para evitar situações assim, as equipes da Vigilância em Saúde Ambiental estão diariamente na rua realizando trabalho de instrução e alerta.

“Infelizmente alguns proprietários de comércios considerados pontos estratégicos não nos recebem justamente porque sabem que há condicionamento de materiais de forma inadequada e que situações assim são propicias à proliferação do mosquito”, explica Claudete Damasceno que comanda uma verdadeira operação de guerra contra o mosquito.

Claudete relata que também há residências que também não abrem as portas para a visita do agente de combate à endêmicas (ACE). “Nossa missão é cuidar, alertar, conscientizar, não queremos aplicar notificações ou multas, mas precisamos que a população nos receba para que possamos realizar o trabalho de acompanhamento”, frisa.

Em cada visita, seja em comércios, PEs ou residências que houver criadouros as larvas são coletadas e testadas para o Aedes e o criadouro eliminado. Quando a suspeita se confirma os responsáveis são comunicados para que possam monitorar o surgimento de casos de dengue e realizar o pente fino eliminando outros possíveis criadouros que tenham passado despercebidos.

Hoje os principais problemas identificados pela equipe da Vigilância Ambiental são a água servida, aquela oriunda de esgoto doméstico ou empresarial e a sujeira nas bocas de lobo, situações propícias para a proliferação do mosquito.

Procura nas unidades de saúde 

Caso suspeite ter contraído ou apresente sintomas de qualquer uma das arboviroses, a recomendação é procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS). É lá que a população recebe o atendimento clínico e a orientação correta sobre como agir.

 

Cuidando de casa

A orientação é que toda a semana a população tire dez minutos semanais para dar aquela conferida no espaço onde vive ou trabalha. A recomendação é evitar acúmulo de lixo, que além do Aedes aegypti também pode esconder animais peçonhentos como cobras, ratos, aranhas, escorpiões, dentre outros.

 

Denúncias 

Vale reforçar que para quemidentificar situações com criadouros ou com suspeita, água servida descartada na ruaedescarte de lixo em locais inapropriados, a recomendação é procurar a equipe técnica. As denúncias também podem ser realizadas diretamente aoNúcleo Integrado de Fiscalização (NIF) pelo número (66) 99927-2611. 

 

Coleta de resíduos sólidos 

Sempre é bom ficar de olho no calendário de coleta de resíduos sólidos - confira aqui o calendário de 2025 , em que são recolhidos móveis e eletrodomésticos velhos e inservíveis; assim como restos da limpeza de jardins que incluem folhas e restos vegetais que podem servir como criadouro de insetos e animais peçonhentos, como a grama quando é cortada. O recomendado é descartar o material seguindo corretamente o calendário, evitando assim a formação de possíveis criadouros para o Aedes aegypti e outros animais peçonhentos.

Texto: Claudia Lazarotto

Fotos: Keniel Dias

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