
Com o propósito de ampliar o diálogo sobre a valorização da diversidade étnico-racial em Sinop, a capacitação “Equidade étnico-racial: direitos dos povos indígenas, interseccionalidade de gênero e racismo institucional”, promovida pela Secretaria de Assistência Social, reuniu mais de 150 participantes na última terça-feira (18), no auditório do Centro Universitário Unifasipe, campus Aquarela das Artes.
Para a secretária de Assistência Social, Sinéia Abreu, o encontro que abordou um tema urgente e inadiável é essencial para combater o crime latente na sociedade em geral. “Estamos aqui porque vidas, trajetórias e direitos seguem sendo impactados por desigualdades todos os dias. E, enquanto gestão pública, é nossa responsabilidade reconhecer, enfrentar e transformar essa realidade, essa capacitação é um passo importante para fazer isso acontecer”, destacou durante seu discurso.
A abertura do encontro foi marcada por uma apresentação de Hip Hop do artista Thiago Lacerda e, em seguida, o espaço foi aberto para o relato de experiência sobre a trajetória do movimento negro em Sinop, feito pela presidente do Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial, Zeneide Pereira.
“Foi uma grande iniciativa da Coordenadoria da Promoção da Igualdade Racial, que é vinculada à Secretaria de Assistência Social, uma iniciativa memorável, todos nós militantes do movimento negro esperávamos isso há muito tempo, porque nunca houve, no município, um evento para se tratar da temática racial com a iniciativa do poder público. Se faz necessário que se discuta sobre o letramento racial e traga capacitação para as instituições públicas e privadas”, declarou Zeneide.
A capacitação também contou com a exposição da União dos Migrantes do Brasil (UMB), com a palestra “Direitos dos Povos Indígenas”, mediada pela assistente social da CASAI Sinop e com a contribuição do médico da atenção primária municipal, Manoelito Rodrigues.
“É incoerente a gente tratar sobre saúde pública em todos os lugares se não lembrarmos dos povos que chegaram aqui primeiro. Acho de uma grandeza infinita o município parar um momento para discutir esse assunto, trazer isso para dentro do calendário, porque demonstra um avanço muito grande”, considerou o médico.
A professora mestre Joice Ribeiro foi uma das apresentadoras do painel “Interseccionalidade de Gênero e Racismo Institucional”, que encerrou a programação. “Esse evento de hoje marca um passo histórico do município, eu ressalto a Secretaria de Assistência Social e também a Gestão da Igualdade Racial que nós temos aqui”, avaliou.
O encontro teve ainda o objetivo de discutir o tema no âmbito da política de Assistência Social, considerando a revisão de protocolos e práticas que possam reproduzir desigualdades, buscando fortalecer a proteção social de forma culturalmente sensível, garantindo que os serviços acolham sem discriminar e preparando as equipes para uma atuação consciente, com respeito e compromisso com a equidade.
“Dizer que o racismo não existe é a maior mentira da humanidade, porque, quem é preto, quem é diferente, sabe que a discriminação existe e ela dói. A gente precisa sempre lutar, para que Sinop seja uma sociedade justa, que respeite todas as pessoas e que dê iguais oportunidades”, finalizou a coordenadora da Proteção Social Especial e do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), Marilene Pereira.




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